10 mitos e verdades sobre a autoestima


quinta-feira novembro 10, 2011

Quando não nos sentimos capazes é como se algo nos impedisse de irmos adiante.
Quando insistimos em agradar… e ainda assim somos maltratados, abandonados,
quando amamos mais ao outro do que a nós mesmos, na verdade está faltando
autoestima. Muito se fala sobre autoestima, mas geralmente as pessoas confundem
autoestima com falsos valores. Como há muita confusão sobre o tema, vamos
refletir sobre alguns mitos e verdades sobre autoestima, que é acima de tudo
você ter consciência de seu próprio valor.

1. Cuidar da aparência, ir à academia, cabeleireiro, comprar roupas,
quer dizer que minha autoestima está
elevada.

Mito: Cuidar de si nem sempre quer
dizer autoestima elevada. Assim como cirurgias plásticas, casamento, trabalho,
dinheiro, carro, nada disso cria autoestima. Muito pelo contrário, quem precisa
disso para ter valor, na verdade só quer ser aceito por uma sociedade e uma
mídia que “vendem” o que deseja que seja comprado. A pessoa que busca tudo isso
pode querer compensar algo que não sente ter internamente. Mas gostar de si, se
aceitar e se cuidar é um passo importante na conquista de uma autoestima
elevada, mas não a determina.

2. Autoestima elevada é o mesmo que
vaidade.

Mito: Definitivamente não! Mas é comum
as pessoas confundirem. Nem sempre quem cuida de sua imagem pessoal está com
autoestima elevada. É uma ilusão acreditar que buscar fora pode elevar a
autoestima de uma pessoa. Autostima é algo que vem de dentro e não de fora.

3. Mostrar-se superior aos outros é sinal de autoestima
elevada.

Mito: Arrogância, querer ser superior
ao outro é apenas uma maneira de diminuir o outro para se elevar, porque na
verdade se sente inferior. Quem tem consciência de seu valor é acima de tudo
humilde.

4. A dependência é uma característica da autoestima
baixa.

Verdade: Quem sente ter recebido pouco
amor na infância, enfrenta muitos vazios e carências. Passa a buscar preencher o
vazio através da relação afetiva. Confunde carência com amor, e a carência leva
à dependência. A independência é uma virtude da autoestima.

5. Quem se mostra sempre alegre, seguro, confiante, está com
autoestima elevada.

Mito: Nem sempre. Quando a
pessoa transmite segurança, valorização excessiva de si mesma, está sempre
brincando, querendo ajudar, nem sempre corresponde à verdade. No fundo, pode
esconder uma pessoa também sem amor-próprio, só que busca o reconhecimento e
amor por outros caminhos. Pode transmitir uma imagem de total segurança, mas na
verdade está apenas querendo ocultar uma autoestima bem frágil.

6. Autoestima não muda, uma pessoa que está com baixa autoestima não
pode fazer nada.

Mito: Autoestima oscila de
acordo com as situações que vivenciamos. Por exemplo, se há uma situação de
perda, seja de um trabalho ou de uma pessoa, a tendência é a autoestima ficar
baixa. Autoestima é sempre uma questão de grau. Todos podem elevar sua
autoestima.

7. Amar mais o outro que a si mesmo está relacionado com baixa
autoestima.

Verdade: A falta de amor-próprio é
sinal de muita carência, é a necessidade de amor, principalmente o amor por si
mesmo. A autoestima, juntamente com o amor-próprio é a base para o ser
humano.

8. A inveja pode ser um sinal de autoestima
baixa
.

Verdade: A inveja é uma das emoções mais
primitivas. É o desejo em ter o que não lhe pertence, querer o que é do outro,
ou ser o que o outro é. Há uma tendência a supervalorizar o outro com tudo que
ele tem e desvalorizar o que se tem. A inveja geralmente surge do sentimento de
sentir-se incapaz e inferior, percebendo o outro como tendo todos os atributos
que acredita não ter. O pensamento de quem sente inveja, ainda que seja
inconsciente é: “o outro é capaz de conseguir, eu não sou”.

9. Autoconhecimento eleva a
autoestima.

Verdade: Autoestima está totalmente
relacionada com autoconhecimento. Quanto mais você obtê-lo mais conseguirá
elevar a sua!

10. Autoestima elevada depende do reconhecimento e aprovação de
outras pessoas
.

Mito: Qualquer tipo de
dependência é sinal de baixa autoestima, pois quanto mais dependemos do outro,
seja na busca de reconhecimento e/ou aprovação, mais estamos valorizando a
opinião de outras pessoas, nos permitindo ser manipulados, e mais vulneráveis e
fragilizados nos tornamos. Quanto mais reconhecimento e aprovação buscamos, mais
nossa autoestima estará baixa. O importante é o reconhecimento, não de outros,
mas principalmente de nós mesmos. Mas nem sempre as pessoas conseguem reconhecer
os próprios méritos, pois desde pequenos somos incentivados a valorizar o que o
outro fez, nunca o que fizemos; supervalorizamos o outro na mesma medida que nos
desvalorizamos.