Exames ajudam pais a aceitar crianças com síndrome de Down, diz médica


sexta-feira janeiro 25, 2013

Exames de sangue para auxiliar o diagnóstico de síndromes congênitas, entre elas a síndrome de Down, vão ajudar as famílias a se preparar melhor para receber essas crianças, segundo a ginecologista Silvana Morandini, conselheira do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo).
A Folha noticiou, ontem, a chegada no Brasil de um novo exame de sangue feito na gestante que analisa o DNA fetal circulante para detectar seis anomalias congênitas: down, edwards, patau, turner, klinefelter e triplo X.
A clínica IPGO (Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia) vai cobrar R$ 3.500 pelo teste. O laboratório do hospital Albert Einstein e o Fleury também deverão disponibilizar exames similares nos próximos meses.
“O exame será um recurso diagnóstico a mais. Os testes que já existem vêm ajudando as famílias a aceitar melhor as crianças com síndrome de Down”, afirma Morandini.
Hoje, o diagnóstico de down durante a gestação é feito por meio de uma série de testes, como explica o obstetra Eduardo Cordioli, coordenador-médico da maternidade do hospital Albert Eintein. O ultrassom morfológico no primeiro trimestre procura acúmulo de líquido na nuca do feto, indicador de problemas cardíacos comuns em fetos com a síndrome.
Também pode ser feito o exame de sangue bioquímico que mede alterações em uma proteína e em um hormônio e indica o risco de o feto ter a anomalia. A análise de líquido amniótico ou a biópsia de uma amostra da placenta são exames invasivos que podem confirmar o diagnóstico, mas podem provocar um aborto. “Com o novo teste, vamos evitar testes invasivos”, afirma Cordioli.